Modi destaca "respeito pela soberania" em cimeira com Putin e Xi Jinping
O primeiro-ministro indiano destacou o respeito pela soberania como pilar fundamental da região, durante o discurso de abertura da cimeira de líderes da Organização para a Cooperação de Xangai, com a participação dos presidentes russo e chinês.
© Reuters
Mundo Índia
"Não vemos a Organização para a Cooperação de Xangai como um bairro alargado, mas sim como uma família alargada. Segurança, desenvolvimento económico, conectividade, união, respeito pela soberania e integridade territorial e proteção ambiental são os pilares da nossa visão" para a organização, destacou Narenda Modi, durante o discurso de abertura.
Esta reunião da Organização para a Cooperação de Xangai, que integra vários dos países mais próximos da Rússia, é uma oportunidade de ouro para Moscovo medir o seu apoio, 10 dias depois da frustrada rebelião do grupo mercenário Wagner.
Entre os membros da organização está a China, com quem a Índia manteve uma relação tensa nos últimos anos, após várias disputas fronteiriças, assim como o Paquistão, país que Nova Deli frequentemente acusa de promover o terrorismo contra o seu território.
"Alguns países usam o terrorismo transfronteiriço como uma ferramenta das suas políticas e abrigam terroristas. A Organização para a Cooperação de Xangai não deve hesitar em criticar esses países. Os países da organização devem condená-lo. Não deve haver dois pesos e duas medidas em relação ao terrorismo", declarou Modi, na presença do primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif.
Os dois países já estavam muito distantes aquando da última reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros desta organização, que decorreu em maio passado, na cidade costeira de Goa, quando os dois ministros se recusaram a manter conversações bilaterais.
No final do encontro, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Índia, Subrahmanyam Jaishankar, chegou a acusar o homólogo paquistanês de ser "o porta-voz da indústria do terrorismo".
Além do aumento do terrorismo, a cimeira prevê abordar os principais desafios de segurança, além de formalizar a adesão do Irão como novo membro da organização e iniciar os procedimentos para que a Bielorrússia também se junte, num futuro próximo.
"Estou muito feliz que o Irão se esteja a juntar à família, como um novo membro. Também damos as boas-vindas à assinatura do Memorando de Obrigações para a adesão da Bielorrússia", acrescentou o primeiro-ministro indiano.
Estes dois países vão juntar-se aos oito Estados-membros que constituem atualmente a organização, que desde a sua criação, em 2001, se tem centrado sobretudo nas questões de segurança regional, na luta contra o terrorismo regional, no separatismo étnico e no extremismo religioso.
São eles a Rússia, China, Índia, Paquistão, Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão e Uzbequistão. Há quatro países observadores - Afeganistão, Bielorússia, Irão e Mongólia - e seis outros associados - Armênia, Azerbaijão, Camboja, Nepal, Sri Lanka e Turquia.
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