Segundo a Minusma, na rede social Twitter, uma das suas colunas foi alvo de dois ataques na quinta-feira na zona de Ansongo, no leste do país.
O primeiro dos ataques provocou "três mortos e 11 feridos civis, dois dos quais ficaram em estado grave".
Os 'capacetes azuis', salienta-se na mensagem, "responderam aos dois ataques sem perdas".
A Minusma está a tratar da sua saída do país, o que deverá ocorrer antes do final do ano, em resultado da recente escalada das tensões políticas com o Governo maliano.
No final de junho, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução que estabeleceu o fim da Minusma, que conta atualmente com cerca de 13.000 'capacetes azuis'.
A junta militar do Mali, chefiada por Assimi Goita, tinha exigido a partida "imediata" das tropas e recebeu esta semana o plano de retirada da Minusma.
As relações de Bamaco com a Minusma foram afetadas por um relatório da ONU sobre o massacre de mais de 500 pessoas em março de 2022 na cidade de Moura (centro), que apontava o exército maliano como o principal responsável.
O governo rejeitou "firmemente" o relatório e afirmou que as imagens de satélite obtidas pelos investigadores constituem um crime de "espionagem".
Nos últimos meses, Goita já tinha colocado a Minusma no centro das atenções, apelando a uma maior cooperação com o exército na realização das suas operações contra a ameaça terrorista, especialmente dos movimentos ligados à Al-Qaida e ao grupo extremista Estado Islâmico.
A missão tem 'capacetes azuis' destacados no país desde 2013, embora as relações se tenham deteriorado na sequência dos golpes de Estado liderados por Goita em agosto de 2020 e maio de 2021 e dos adiamentos da junta para o estabelecimento de um calendário eleitoral para uma transição democrática.
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