A China alertou, esta segunda-feira, que o envio de bombas de fragmentação para a Ucrânia pode desencadear sérios "problemas humanitários", adjetivando de "irresponsável" este fornecimento.
"A China observou que a decisão dos Estados Unidos gerou preocupação em toda a comunidade internacional, já que muitos países expressaram claramente a sua oposição a essa medida", começou por dizer, em conferência de imprensa, a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Mao Ning, citada pela agência estatal russa TASS.
"O fornecimento irresponsável de bombas de fragmentação pode facilmente desencadear problemas humanitários", acrescentou.
A diplomata voltou ainda a defender o diálogo como solução para o conflito. "As partes envolvidas devem abster-se de colocar lenha na fogueira para evitar o aumento das tensões e a escalada da crise ucraniana", defendeu.
Sublinhe-se que foi no passado dia 7 de julho que os Estados Unidos anunciaram que tinham decidido enviar bombas de fragmentação para a Ucrânia - o que está a causar divisão entre os vários países.
Joe Biden disse que a decisão de entregar bombas de fragmentação à Ucrânia foi "muito difícil", mas "a coisa certa a fazer".
De realçar que estas armas são proibidas em vários países, principalmente na Europa, signatários da Convenção de Oslo de 2008, da qual nem os Estados Unidos, nem a Ucrânia, nem a Rússia são partes.
A sua utilização é muito controversa porque as cargas que espalham são acusadas de causar muitas vítimas civis colaterais.
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