NATO. Rússia reagirá "de forma clara e firme" a eventual adesão de Kyiv

A Rússia considerará a adesão da Ucrânia à NATO como um perigo e reagirá de forma "suficientemente clara e firme", avisou hoje o Kremlin na véspera da cimeira de terça e quarta-feira da Aliança Atlântica, em Vílnius.

Notícia

© Getty Images

Lusa
10/07/2023 13:14 ‧ 10/07/2023 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

Na habitual conferência de imprensa diária, o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, afirmou que a posição da Rússia "é absolutamente compreensível e consistente" e que a adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) "exigirá [de Moscovo] uma resposta suficientemente compreensível e firme".

"Constituirá também uma ameaça absoluta para o nosso país, o que exigirá uma resposta clara e firme da nossa parte", insistiu, sem especificar que tipo de reação terá a Rússia nessa eventualidade,

Segundo Peskov, estão atualmente a decorrer "discussões bastante intensas" entre os Estados membros da NATO, especialmente no período que antecede a cimeira, e que existem diferentes pontos de vista" sobre a adesão da Ucrânia à Aliança Atlântica.

Nesse sentido, alertou que a adesão da Ucrânia à NATO "terá consequências extremamente graves para toda a arquitetura de segurança na Europa, que já se encontra em estado de ruína".

O Presidente russo, Vladimir Putin, tem-se insurgido repetidamente contra a expansão da NATO para leste e acusou os membros da Aliança de participarem no conflito ao fornecerem armas a Kiev.

O porta-voz do Kremlin afirmou que o regime de Kiev "está a tentar pressionar de várias formas" todos os Estados membros da organização "para conseguir o maior número possível de apoio e de solidariedade" para a adesão à Aliança Atlântica.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reconheceu que não existe a unanimidade necessária para convidar a Ucrânia a aderir à Aliança enquanto Não terminar a guerra entre russos e ucranianos, iniciada com a invasão da Rússia, a 24 de fevereiro de 2022.

Biden afirmou também que a Ucrânia "não está preparada" para aderir à NATO e que deve continuar a fazer reformas.

Com a perspetiva de a cimeira de Vílnius não produzir os resultados desejados, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ainda não revelou se vai ou não participar na reunião na capital lituana.

"Não quero ir a Vílnius para me divertir", disse o líder ucraniano, que exigiu saber que decisões serão tomadas durante a cimeira para decidir se vale a pena participar para influenciar o que será acordado sobre a Ucrânia.

Em junho, Zelensky já tinha declarado que a presença da Ucrânia na cimeira não faz sentido se a NATO não lhe der "algum sinal positivo" no sentido que Kiev pede.

Leia Também: Kyiv reclama reconquista de 14 quilómetros quadrados no sul e leste

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas