Num comunicado, o Ministério da Defesa sul-coreano indicou que os exercícios foram realizados com "capacidades operacionais combinadas através da rápida utilização de meios de dissuasão alargados e coordenados".
O exército sul-coreano enviou caças F-15K para os exercícios, enquanto os Estados Unidos participaram com aviões F-16 e pelo menos um bombardeiro estratégico B-52H, adiantou o Ministério da Defesa da Coreia do Sul, que não pormenorizou onde decorreram as manobras.
O conceito de "dissuasão alargada" refere-se ao compromisso dos Estados Unidos em utilizar todas as capacidades militares, incluindo a nuclear, para defender o seu aliado Coreia do Sul.
As manobras surgem no mesmo dia em que os meios de comunicação social norte-coreanos anunciaram que o projétil lançado na véspera pelo regime de Pyongyang era um Hwasong-18, um míssil balístico intercontinental (ICBM) de combustível sólido e a arma de longo alcance mais sofisticada da Coreia do Norte.
O míssil "voou 1.001 quilómetros durante 4.491 segundos [75,25 minutos]", atingindo uma altitude máxima de 6,648 quilómetros, segundo a agência noticiosa estatal KCNA, que acrescentou que o teste contou com a presença do líder Kim Jong-un.
Os pormenores do lançamento, o segundo de um Hwasong-18 norte-coreano depois de um outro em 13 de abril, coincidem com os dados transmitidos pelas autoridades militares japonesas e sul-coreanas no dia anterior.
Na véspera, as forças armadas sul-coreanas detetaram o lançamento do que parecia ser um ICBM a partir das proximidades de Pyongyang, num ângulo amplo, em direção ao Mar do Japão (chamado Mar do Leste nas duas Coreias).
O projétil despenhou-se na água depois de voar durante cerca de 75 minutos, informaram mais tarde as autoridades japonesas.
Segundo fotografias publicadas pelo principal diário norte-coreano, Rodong, o míssil foi lançado do mesmo campo a nordeste da capital norte-coreana de onde um outro Hwasong-18 foi disparado a 13 de abril.
O lançamento do míssil norte-coreano coincidiu com a participação do Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, na cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) em Vilnius, na Lituânia, e depois de a própria irmã do líder norte-coreano, Kim Yo-jong, ter alimentado ao longo da semana a tensão regional, acusando Washington de alegadas intrusões aéreas e ameaçando responder de forma "enérgica".
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