Em comunicado, o executivo avançou que o apoio acontece no quadro da ferramenta "Facilidade Africana de Produção Alimentar e de Emergência".
O apoio, prosseguiu, surge na sequência da solicitação feita no quadro das medidas mitigadoras dos impactos da escalada de preços dos alimentos e dos combustíveis, e visando uma maior resiliência do sistema alimentar no país.
"O Governo de Cabo Verde enaltece a rápida resposta que o BAD tem dado à crise alimentar em países africanos, na sequência da invasão da Rússia na Ucrânia, através do lançamento da 'Facilidade Africana de Produção Alimentar e de Emergência', a fim de evitar uma crise iminente no continente africano", enfatizou.
O Governo notou que Cabo Verde é um dos países que se encontra em boa posição para receber recursos dessa ferramenta de financiamento, sob a forma de apoio orçamental setorial.
O montante será canalizado para o reforço do projeto Apoio ao Programa de Cantinas Escolares e Segurança Alimentar, que também conta com o suporte do Grão-Ducado do Luxemburgo.
"E vai permitir apoiar as famílias mais vulneráveis", salientou a mesma fonte, comprometendo-se a trabalhar com o BAD e com o Luxemburgo para enfrentar a crise alimentar em África.
Há quatro meses, o Governo anunciou que o BAD, que já financiou Cabo Verde com 610 milhões de euros, vai abrir um escritório no arquipélago, onde atualmente conta com quatro projetos em execução, num pacote de cerca de 70 milhões de euros.
Em março esteve no país uma missão da instituição, que se enquadra nas visitas anuais dos administradores aos países africanos, sendo que a anterior do género a Cabo Verde aconteceu em 2004.
O BAD é um banco de desenvolvimento que conta com 54 países africanos e 27 de fora do continente.
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