Numa reunião em 13 de julho, os deputados municipais adotaram a decisão de proibir o uso público de produtos de entretenimento em língua russa, informou a autarquia de Kyiv, citada hoje pelo jornal independente ucraniano Euromaidan.
A decisão impõe uma moratória na exibição pública de "produtos culturais" em língua russa, incluindo música, apresentações, concertos, livros, obras de arte e audiovisuais, artesanato, serviços culturais e educativos.
"É necessário proteger o espaço de informação ucraniano das influências híbridas do estado agressor, que está a tentar destruir a identidade nacional ucraniana, cultura, tradições, costumes e memória histórica. A Rússia não tem lugar no coração da nossa capital", disse o Vadym Vasylchuk, presidente do Comissão Permanente de Educação, Ciência, Juventude e Desporto, citado pela mesma publicação.
Vasylchuk acrescentou que a moratória também se aplica a objetos de arte material e espiritual que têm significado artístico, histórico, etnográfico e científico e devem ser armazenados, reproduzidos e protegidos de acordo com a lei ucraniana.
No mesmo dia, o Conselho da Cidade de Kyiv aprovou a decisão de desmontar ou deslocar 69 monumentos, memoriais e elementos decorativos associados à antiga União Soviética ou à Rússia.
Já em novembro do ano passado, a Câmara de Kyiv tinha excluído por completo o ensino da língua russa como parte dos currículos das instituições municipais no pré-escolar e ensino médio geral.
Kyiv tem sido uma das cidades mais fustigadas pelos ataques aéreos russos desde a invasão militar das tropas de Moscovo na Ucrânia, em 24 de fevereiro do ano passado, amplamente condenada na comunidade internacional, e justificada pelo Presidente da Rússia, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar o regime ucraniano para segurança da Rússia.
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