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Kyiv proíbe uso de língua russa em espaços culturais e de entretenimento

A Câmara Municipal de Kyiv proibiu o uso público de livros, músicas, apresentações, espetáculos, livros de arte, obras audiovisuais e outras manifestações culturais em língua russa na capital ucraniana.

Kyiv proíbe uso de língua russa em espaços culturais e de entretenimento
Notícias ao Minuto

21:16 - 14/07/23 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

Numa reunião em 13 de julho, os deputados municipais adotaram a decisão de proibir o uso público de produtos de entretenimento em língua russa, informou a autarquia de Kyiv, citada hoje pelo jornal independente ucraniano Euromaidan.

A decisão impõe uma moratória na exibição pública de "produtos culturais" em língua russa, incluindo música, apresentações, concertos, livros, obras de arte e audiovisuais, artesanato, serviços culturais e educativos.

"É necessário proteger o espaço de informação ucraniano das influências híbridas do estado agressor, que está a tentar destruir a identidade nacional ucraniana, cultura, tradições, costumes e memória histórica. A Rússia não tem lugar no coração da nossa capital", disse o Vadym Vasylchuk, presidente do Comissão Permanente de Educação, Ciência, Juventude e Desporto, citado pela mesma publicação.

Vasylchuk acrescentou que a moratória também se aplica a objetos de arte material e espiritual que têm significado artístico, histórico, etnográfico e científico e devem ser armazenados, reproduzidos e protegidos de acordo com a lei ucraniana.

No mesmo dia, o Conselho da Cidade de Kyiv aprovou a decisão de desmontar ou deslocar 69 monumentos, memoriais e elementos decorativos associados à antiga União Soviética ou à Rússia.

Já em novembro do ano passado, a Câmara de Kyiv tinha excluído por completo o ensino da língua russa como parte dos currículos das instituições municipais no pré-escolar e ensino médio geral.

Kyiv tem sido uma das cidades mais fustigadas pelos ataques aéreos russos desde a invasão militar das tropas de Moscovo na Ucrânia, em 24 de fevereiro do ano passado, amplamente condenada na comunidade internacional, e justificada pelo Presidente da Rússia, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar o regime ucraniano para segurança da Rússia.

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