"Até ao momento não se falou de outra medida", afirmou Peskov numa conferência de imprensa em que evitou especificar que tipo de resposta poderia a Rússia dar em relação ao ataque.
"Se virmos a questão em perspetiva, a resposta será conseguir todos os objetivos da operação militar especial (designação oficial russa da última invasão da Ucrânia que começou em 2021)", disse Peskov.
"Conhecemos a razão e sabemos quem está atrás deste ataque terrorista (...) o regime de Kyiv matou uma família jovem: os pais de uma menina que ficou ferida na ponte da Crimeia e isto deve dizer-se para que todos saibam que tudo isto é obra do regime de Kyiv", acusou Dmitri Peskov, citado pela agência Interfax.
Afirmou ainda que o ataque foi executado alegadamente com armas enviadas pelos países aliados de Kyiv, mas referiu que a Rússia não está a considerar romper definitivamente as relações diplomáticas com os Estados Unidos ou com o Reino Unido.
"Temos consciência da quantidade de informação que vem da NATO e de Washington para Kyiv, de forma permanente (...) Nos momentos mais críticos são precisos canais de diálogo", explicou.
A agência France-Presse (AFP) indicou, citando fontes de Kyiv, que serviços especiais ucranianos e a Marinha de Guerra "estão envolvidos" no ataque da ponte da Crimeia levado a cabo por "drones navais".
"O ataque de hoje contra a ponte da Crimeia é uma operação especial do SBU e da Marinha", indicou a mesma fonte dos Serviços Ucranianos de Segurança (SBU), que não quis ser identificada.
As autoridades russas, que abriram um inquérito ao que consideraram um "ato terrorista", afirmaram que uma mulher e um homem que seguiam no seu carro morreram em consequência do ataque.
A filha do casal ficou ferida.
A agência de notícias ucraniana Ukrinform referiu anteriormente que "drones navais ucranianos foram utilizados no ataque desta madrugada contra a ponte da Crimeia", que teve de ser encerrada.
O trânsito na ponte da Península da Crimeia, território ucraniano anexado em 2014 pela Rússia, foi suspenso, mas as autoridades locais consideram que é possível que a circulação rodoviária venha a ser reposta ainda hoje.
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