A organização de defesa dos direitos humanos indicou que o ataque russo foi realizado com uma grande ogiva teleguiada que atingiu um complexo de apartamentos numa área residencial, matando 10 civis e ferindo 48, com idades entre 20 e 74 anos.
Para a HRW, este ataque deve ser investigado como possível crime de guerra, embora reconheça que havia alvos militares ucranianos nas proximidades deste complexo residencial.
No dia seguinte ao ataque, o Estado-Maior das Forças Armadas ucranianas afirmou que as forças russas tinham atacado Lviv com 10 mísseis cruzeiro, sete dos quais foram abatidos.
Kiev já tinha denunciado que esse ataque tinha atingido um complexo residencial a 270 metros de um alvo militar ucraniano.
Nessa altura, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo disse que o ataque de 06 de julho tinha atingido "apenas alvos militares legítimos", não fazendo qualquer referência ao complexo residencial ou às vítimas civis.
Em 10 de julho, funcionários do governo regional de Lviv informaram que o ataque danificou pelo menos 35 edifícios, incluindo 18 prédios residenciais.
Hoje, a HRW confirmou que uma sua investigação comprovou que as forças russas usaram mísseis cruzeiro que atingiram "um grande complexo residencial, com apartamentos com civis que dormiam" na altura do ataque.
Nesta investigação, a organização ouviu 22 moradores de Lviv e analisou 29 vídeos e 232 fotografias obtidos durante o ataque.
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