A delegação será chefiada por Li Hongzhong, membro do Politburo do Comité Central do Partido Comunista da China (PCC) e vice-presidente do Comité Permanente do Congresso Nacional do Povo, informou hoje a agência noticiosa estatal KCNA.
O grupo "visitará a República Popular Democrática da Coreia [nome oficial do país] para participar nas celebrações que assinalam o 70.º aniversário da grande vitória na Guerra de Libertação da Pátria", nome dado à Guerra da Coreia no secreto país asiático.
Trata-se da primeira delegação estrangeira convidada a deslocar-se à Coreia do Norte desde o início de 2020, altura em que o regime decidiu aplicar uma política fronteiriça rigorosa que consistia em reforçar a vedação que faz fronteira com a China e a Rússia, multiplicar os postos de guarda nestas regiões e dar ordens para disparar sobre quem se aproximasse da fronteira.
Mesmo os trabalhadores e diplomatas norte-coreanos no estrangeiro não puderam regressar a casa desde o início de 2020 devido à paranoia do regime - que em 2022 recebeu carregamentos de vacinas da China, embora não se saiba quantas e de que tipo.
A única pessoa que se sabe ter sido convidada a entrar no país nos últimos três anos foi o embaixador chinês na Coreia do Norte, Wang Yajun, que chegou à capital norte-coreana em abril, depois de ter passado vários dias em quarentena rigorosa numa instalação perto da cidade fronteiriça de Sinuiju.
Até à data, não são conhecidos mais pormenores sobre as condições em que a delegação chinesa visitará a Coreia do Norte.
A delegação deverá assistir à grande parada militar que está a ser preparada em Pyongyang para assinalar os 70 anos do fim da Guerra da Coreia.
Embora a guerra tenha terminado com um cessar-fogo assinado entre as partes, a narrativa do regime afirma que foi uma vitória norte-coreana porque obrigou os EUA, a Coreia do Sul e o resto das forças aliadas a pedir um armistício.
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