Fontes citadas pelo portal noticioso nigerino ActuNiger dão conta de "uma situação confusa e ainda complicada", não adiantando mais pormenores, entre informações que apontam para uma tentativa de disputa no seio da Guarda Presidencial, sem que as autoridades se tenham pronunciado sobre o sucedido.
No entanto, este mesmo meio destacou que existe uma situação calma nas imediações do Palácio Presidencial e que não há circulação de pessoas armadas, tendo o tráfego sido retomado, após os bloqueios registados na madrugada.
Por seu lado, fontes citadas pelo canal de televisão britânico BBC indicaram que o Presidente, Mohamed Bazoum, teria mantido conversações com os militares responsáveis ??pelos bloqueios.
À agência AFP, fonte próxima da presidência referiu que existem "conversações" em curso e que "o Presidente está bem, está são e salvo".
"Ele e sua família estão na residência", acrescentou a mesma fonte, na condição de anonimato.
Por seu lado, a deputada do Partido Nigerino para Democracia e Socialismo (PNDS, no poder), Kalla Moutari, afirmou: "Falei com o Presidente e amigos do ministro, eles estão bem".
Na manhã de hoje foi proibido o acesso à residência do Presidente nigerino e aos gabinetes da Presidência que se encontram no mesmo perímetro.
Nenhum dispositivo militar em particular foi visível no distrito onde está localizada a presidência, o tráfego estava normal e nenhum tiro foi ouvido, adiantou a AFP.
O Níger, país parceiro privilegiado da França no Sahel assolado pela violência terrorista em várias partes do seu território, é liderado pelo presidente democraticamente eleito Mohamed Bazoum, no poder desde abril de 2021.
A história deste país vasto, pobre e desértico, tem sido pontuada por golpes de estado.
Desde a independência desta ex-colónia francesa, em 1960, foram quatro os golpes de estado, com o primeiro em abril de 1974, contra o Presidente Diori Hamani, e o último em fevereiro de 2010, que derrubou o Presidente Mamadou Tandja. Foram inúmeras as tentativas de golpe.
Leia Também: Oito pessoas morrem queimadas após explosão de camião-cisterna na Nigéria