"Após ser informado do interesse de certos militares em minar a estabilidade das instituições democráticas e republicanas, o que se assemelha a uma tentativa de golpe de estado no Níger, condeno veementemente estes atos", afirmou o presidente da Comissão da UA, Moussa Faki Mahamat, na rede social X (antigo Twitter).
"Apelo ao povo do Níger e a todos os seus irmãos em África, em particular os da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), e ao mundo, para que unam as suas vozes numa condenação unânime desta tentativa e para a imediato e incondicional apoio dos militares traidores aos seus quartéis", acrescentou.
O acesso ao Palácio Presidencial do Níger, em Niamey, está bloqueado desde esta manhã por membros da Guarda Presidencial, no que parece ser uma tentativa de golpe de estado, segundo disseram à EFE elementos no local.
A presidência deste país africano confirmou que "elementos da Guarda Presidencial" realizaram "uma ação presidencial" e "tentaram, em vão, obter o apoio das Forças Armadas nacionais e da Guarda Nacional".
Indicou ainda que o exército está preparado "para atacar os elementos da Guarda Presidencial envolvidos nesta ação, caso não caiam em si".
A 31 de março de 2012, as autoridades nigerinas abortaram uma tentativa de golpe militar contra o presidente do país, Mohamed Bazoum, dois dias antes de sua tomada de posse, que se limitou a uma série de tiroteios perto do Palácio Presidencial em Niamey.
A vitória eleitoral ocorreu no meio de violentos protestos de partidários de seu principal adversário nas eleições, Mahaman Ousmane, que rejeitou os resultados e se declarou vencedor.
Leia Também: União Africana "lamenta" fim do acordo sobre exportação de cereais