"O inimigo [Rússia] roubou-nos 230 crianças, entregou-as a famílias em condições incompreensíveis e agora será extremamente difícil devolvê-las após a ocupação", afirmou Ivan Fedorov, segundo o Ukrinform.
Fedorov alertou para o facto de o alegado rapto de menores por parte das autoridades russas, que controlam aquela parte do território ucraniano, ser acompanhado por uma campanha de manipulação nos chamados "campos de propaganda", que são "disfarçados de centros de férias".
"Milhares de crianças foram levadas para estes campos durante os últimos quatro meses", disse o presidente da Câmara de Melitopol.
De acordo com os dados do governo ucraniano, desde o início da invasão, a 24 de fevereiro de 2022, cerca de 19.600 menores foram deportados para território russo e apenas 385 crianças foram devolvidas às respetivas famílias.
A questão relacionada com a deportação forçada de crianças ucranianas levou o Tribunal Penal Internacional (TPI) a emitir um mandado de captura contra o Presidente russo, Vladimir Putin, e contra a diretora do Gabinete das Crianças da Rússia, Maria Alekseievna Lvova-Belova, sob a acusação de "crimes de guerra".
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