O Presidente francês falou várias vezes com o homólogo nigerino, Mohamed Bazoum, sequestrado em Niamey, que lhe disse estar "de boa saúde", afirmou Catherine Colonna aos jornalistas, à margem da visita de Emmanuel Macron à Papua Nova Guiné.
"Esperamos não só que seja libertado, mas também que ele e a família sejam libertados em total segurança, como condição prévia para o regresso à ordem constitucional", até porque "é o Presidente democraticamente eleito", sublinhou a ministra.
Os golpistas acusaram França, que tem 1.500 soldados destacados no Níger, de violar o encerramento da fronteira ao aterrar um avião militar no aeroporto internacional de Niamey e apelaram "de uma vez por todas para o cumprimento rigoroso das medidas" adotadas pela junta.
Também a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) exigiu "a libertação imediata do Presidente, Mohamed Bazoum, que continua a ser o Presidente legítimo e legal do Níger reconhecido pela CEDEAO".
De acordo com o chefe da diplomacia francesa, "a CEDEAO explicou-se muito claramente" e "irá provavelmente realizar uma cimeira no domingo".
"A França condena a tentativa de golpe de Estado nos termos mais fortes possíveis", reiterou Colonna. "Se me ouvem falar de uma tentativa de golpe de Estado, é porque não consideramos que as coisas sejam definitivas", acrescentou, referindo-se a "saídas possíveis se os responsáveis (...) ouvirem a mensagem da comunidade internacional".
Militares nigerinos anunciaram na quarta-feira à noite ter tomado o poder e derrubado o Presidente, Mohamed Bazoum, democraticamente eleito em 2021.
A junta militar golpista apresentou-se como Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP).
Os parceiros do Níger, incluindo os Estados Unidos, a França e a ONU, já condenaram o golpe de Estado.
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