O Departamento de Estado norte-americano aconselhou ainda os cidadãos a não viajarem para o Haiti, alegando os problemas de segurança que se vivem neste país, alertando para os riscos de "sequestros, crimes, agitação civil e infraestruturas de saúde precárias".
"Os casos de sequestro muitas vezes envolvem negociações de resgate, e as vítimas norte-americanas sofreram consequências físicas durante os sequestros", alertou o Departamento de Estado, num comunicado.
"Protestos, manifestações, queima de pneus e bloqueios de estradas são frequentes, imprevisíveis e podem levar à violência", avisam as autoridades dos EUA.
A decisão dos EUA foi anunciada apenas dois dias depois de a embaixada em Porto Príncipe ter confirmado que a sua equipa diplomática tinha sido confinada ao complexo do edifício devido a intensos tiroteios nas proximidades das instalações.
Os incidentes aconteceram horas depois de a polícia haitiana ter usado gás lacrimogéneo para dispersar dezenas de famílias que se refugiaram em frente à embaixada dos Estados Unidos, para tentar fugir da violência de grupos organizados.
O Haiti vive uma escalada de violência a nível nacional, com áreas praticamente controladas por grupos armados, ataques e sequestros diários, que já mataram mais de 1.400 pessoas desde o início do ano, segundo estimativas das Nações Unidas.
A crise de violência generalizada no país foi agravada pelo colapso económico e por uma epidemia de cólera.
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