"Estes apelos a protestos pacíficos têm sido repetidamente acompanhados por relatos do uso sistemático de desaparecimentos forçados e detenções arbitrárias por parte das autoridades estatais para reprimir a dissidência", alertaram.
Segundo informações recebidas por estes peritos, pelo menos 19 pessoas foram detidas arbitrariamente em todo o país antes da tomada de posse de Maduro, denunciadas pela oposição, e pelo menos oito estão desaparecidas.
"Estamos preocupados que as violações dos direitos humanos continuem a ser cometidas. As vítimas continuam desprotegidas e não houve responsabilização ou justiça para os perpetradores", acrescentaram, em referência aos inúmeros abusos relatados desde as eleições presidenciais de 28 de julho do ano passado na Venezuela.
Os signatários da declaração são a relatora especial da ONU para os Direitos à Liberdade de Reunião e Associação, Gina Romero, e os cinco membros do Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre Desaparecimentos Forçados ou Involuntários.
O líder chavista tomou hoje posse como Presidente da Venezuela no Parlamento, enquanto a oposição maioritária no país, agrupada na Plataforma Democrática Unida (PUD), insiste que González Urrutia foi o vencedor das eleições de julho passado, pelo que acusou Maduro de ter hoje consumado um "golpe de Estado".
A PUD afirma que recolheu "85% das atas eleitorais" como prova da vitória de González Urrutia, que foram publicadas num 'site' da Internet para consulta, por testemunhas e membros da mesa de voto na noite eleitoral, atestando o triunfo do candidato da oposição, documentos que o Governo classifica como "falsos".
O líder da oposição, que recentemente visitou vários países do continente americano, também reiterou que tomará posse como Presidente.
Leia Também: Maduro tomou posse e encerrou fronteira da Venezuela com o Brasil