Líderes sul-americanos propõem aliança para proteger Amazónia

O presidente do Equador, Guillermo Lasso, e os ex-presidentes da Colômbia Iván Duque e do Chile Sebastián Piñera reuniram-se para apresentar uma iniciativa que visa promover parcerias público-privadas de proteção à floresta amazónica.

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Lusa
29/07/2023 23:36 ‧ 29/07/2023 por Lusa

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Amazónia

Os três participaram numa reunião da chamada Iniciativa Concórdia para a Amazónia, que terminou hoje no Equador com a presença de outros líderes do setor privado da região, anunciou a Secretaria-Geral de Comunicação da Presidência do Equador.

A iniciativa visou mobilizar recursos e elaborar projetos destinados a conservar a Amazónia, proteger as comunidades que vivem na selva e combater a mineração ilegal, entre outros objetivos, segundo a mesma fonte.

Durante a reunião, Lasso fez um balanço dos projetos ambientais que desenvolveu durante o seu governo, numa estratégia a que chamou "transição ecológica", para tratar a Amazónia como "oportunidade de conservação para o Equador".

Por sua vez, Duque, que dirige a Iniciativa Concórdia para a Amazónia, explicou que a floresta tropical depende das florestas andinas, dos páramos, dos rios, mas, sobretudo, do Amazonas, um dos rios com maior biodiversidade do planeta.

"Esta região é fundamental para regular os ecossistemas do mundo", disse o líder conservador colombiano, defendendo que, para preservar a floresta tropical, os fundos ou investimentos de impacto devem ser direcionados para proteger a região e "levar a Amazónia ao desmatamento zero", atraindo mais recursos económicos do que os gerados por atividades ilícitas.

Este plano combateria as economias ilegais e protegeria os ecossistemas, segundo Duque, que também prevê pagar aos camponeses que vivem nestas terras para recuperar, proteger, restaurar e conservar o solo amazónico.

"A única forma de o conseguir é através de cooperativas de conservação com povos indígenas, comunidades rurais amazónicas e projetos de leitura rápida com sistemas de compensação. E créditos de biodiversidade", acrescentou.

Por seu turno, Piñera defendeu que esta causa deve unir diferentes setores e disse que a proteção da floresta amazónica deve reunir metodologias que permitam a monetização destas ações.

O encontro entre Lasso, Duque e Piñera teve lugar numa altura em que o presidente equatoriano está prestes a abandonar o cargo, depois de ter invocado um mecanismo constitucional através do qual conseguiu dissolver o parlamento do seu país e convocar eleições extraordinárias, embora isso significasse que o seu mandato também seria encurtado.

As eleições presidenciais e legislativas antecipadas no Equador terão lugar a 20 de agosto e as autoridades nomeadas nessas eleições completarão o mandato de 2021-2025 que Lasso deveria cumprir, mas que foi cortado a meio.

Leia Também: Líderes indígenas brasileiros recordam luta pela terra em evento inédito

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