Os serviços de inteligência britânicos afirmaram, no seu relatório desta segunda-feira, que a maior flexibilidade que as autoridades russas criaram para convocar mais homens para as forças armadas enaltece o "falhanço do Estado russo em insular a sua população da guerra".
O relatório surge depois da Duma, o parlamento russo, ter aumentado a idade máxima do serviço militar obrigatório, de 27 para 30 anos, enquanto manteve a idade mínima em 18 anos. Sobre a mudança, que entra em vigor em janeiro de 2024, o presidente do parlamento disse que os jovens russos "hoje são capazes de adquirir uma especialidade militar em seis meses".
Para o Ministério da Defesa do Reino Unido, "apesar de os recrutas não estarem atualmente mobilizados na Ucrânia, novos recrutas ajudam a escoar soldados profissionais e que estão mobilizados dentro da Rússia".
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 31 July 2023.
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) July 31, 2023
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Os britânicos apontam que, além disso, foi promulgada uma lei que aumenta a idade máxima que um reservista pode ser chamado para a guerra para os 70 anos da idade. Isto, após a "mobilização parcial" anunciada no outono do ano passado, permite que o governo russo introduza um "reforço imediato ao número de disponíveis para lutar na Ucrânia".
"O aumento das hipóteses de serem obrigados a lutar, os ataques com drones em Moscovo, o nível de repressão doméstica excecional e o recente motim no grupo Wagner juntam-se para enaltecer o falhanço do estado russo em insular a população da guerra", argumentam as autoridades do Reino Unido.
O comentário surge depois de mais um ataque em Moscovo, no qual três drones ucranianos foram abatidos pela defesa anti-aérea russa, acabando por atingir e danificar arranha-céus na capital do país.
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