Rússia apela à "moderação" no Níger e a um regresso à "legalidade"
O Kremlin apelou hoje à "moderação de todas as partes" no Níger e a um regresso à "legalidade" naquele país, que sofreu um golpe militar na semana passada.
© Reuters
Mundo Níger
"O que está a acontecer ali é motivo de grande preocupação", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, acrescentando: "Pedimos uma rápida restauração da legalidade no país, contenção de todos os lados".
O Presidente interino do Chade, Mahamat Idriss Déby Itno, chegou à capital nigerina, Niamey, neste domingo para procurar uma solução para a crise no Níger, onde os militares tomaram o poder num golpe de Estado.
"Trata-se de uma iniciativa do Chade", disse o porta-voz do Governo deste país africano, Aziz Maham Saleh, após os líderes da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) se terem reunido este domingo na Nigéria, tendo feito um ultimato aos responsáveis pelo golpe de Estado no Níger e dando-lhes uma semana para restaurar a ordem constitucional.
O Presidente do Chade - cujo país não é membro da CEDEAO, mas é vizinho do Níger, e também uma potência militar do Sahel aliada da França - foi convidado para esta cimeira.
A junta militar que tomou o poder no Níger foi criticada no encontro da CEDEAO, que alega que o seu único objetivo é "a validação de um plano de agressão" contra o seu país.
A CEDEAO pediu a libertação imediata do Presidente Bazoum e o "regresso total à ordem constitucional na República do Níger", segundo as resoluções lidas no final da cimeira extraordinária, presidida pelo Presidente nigeriano, Bola Tinubu.
Na eventualidade de os pedidos não serem atendidos no prazo de uma semana, a CEDEAO promete "tomar todas as medidas necessárias", incluindo o "o uso da força", de acordo com as resoluções.
O Presidente Mohamed Bazoum foi afastado na quarta-feira à noite por militares e detido no palácio presidencial, sob a supervisão da Guarda Presidencial, cujo líder, o general Omar Abdourahmane Tchiani, foi nomeado presidente do CNSP.
Depois do Mali e do Burkina Faso, o Níger, até então aliado dos países ocidentais, torna-se o terceiro país do Sahel - minado pelos ataques de grupos ligados ao Estado Islâmico (EI) e à Al-Qaida - a viver um golpe de Estado desde 2020.
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