"A nossa principal prioridade para o comité preparatório e este ciclo de revisão será preservar e fortalecer este tratado histórico, não apesar dos desafios que enfrentamos, mas por causa deles", sublinhou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, citado em comunicado.
A reunião da comissão preparatória da 11.ª conferência das partes encarregadas da revisão daquele tratado arrancou hoje e dura até 11 de agosto, decorrendo em Viena.
"Os Estados Unidos continuam a trabalhar de boa-fé para promover todos os aspetos do tratado, incluindo a obrigação do Artigo VI de conduzir negociações de boa fé sobre medidas eficazes relacionadas com o desarmamento nuclear", destacou Miller.
Os Estados Unidos irão insistir "na total conformidade com as salvaguardas de não-proliferação do TNP" e pedirão a todas as partes "que elevem os padrões sempre que possível e condenem as violações quando ocorrerem", frisou ainda o porta-voz do Departamento de Estado.
Os desafios atuais, acrescentou Miller, devem servir como uma lembrança da necessidade do tratado.
"A tomada das instalações de energia nuclear da Ucrânia pela Rússia levanta sérias preocupações de segurança nuclear e mina o direito da Ucrânia sob o TNP de aceder a usos pacíficos da energia nuclear salvaguardas", enfatizou.
Para a diplomacia norte-americana, a "expansão rápida e opaca das armas nucleares da China continua inabalável e permanecem dúvidas sobre o programa nuclear do Irão e o cumprimento das salvaguardas".
Miller considerou igualmente preocupante que, "20 anos depois de anunciar a sua retirada do NPT, a República Popular Democrática da Coreia (RPDC) [nome oficial da Coreia do Norte] continue a desenvolver o seu arsenal nuclear e se envolva numa retórica ameaçadora em relação ao seu uso".
O TNP, com 191 Estados-membros, é o tratado com maior número de adesões no campo da não-proliferação nuclear, usos pacíficos da energia nuclear e desarmamento nuclear.
Aberto para assinatura em 1968, entrou em vigor em 05 de março de 1970 e foi prorrogado indefinidamente em maio de 1995.
Leia Também: China. Novos líderes na divisão do exército encarregue do arsenal nuclear