"A questão da expansão dos BRICS está no topo da agenda, incluindo na próxima cimeira. É um tema muito importante, porque vemos que cada vez mais países estão a fazer declarações sobre as suas intenções de se juntarem a este grupo", disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov.
O porta-voz do Kremlin reconheceu que no seio do bloco existem diferenças de 'nuances' sobre a forma como o processo de alargamento deve decorrer, e mesmo sobre a sua oportunidade.
Segundo a agência noticiosa Europa Press, que cita a Bloomberg, Índia e Brasil poderão estar contra o alargamento do bloco defendido pela China.
"De um modo geral, este interesse no grupo BRICS atesta o grande potencial da parceria e testemunha a autoridade crescente e, sobretudo, a importância aplicada desta parceria", disse Peskov, que concluiu que "os chefes de Estado vão discutir a sua posição" sobre o assunto.
A cidade sul-africana de Joanesburgo acolherá a próxima cimeira dos BRICS, entre 22 e 24 de agosto, que não contará com a presença do Presidente russo, Vladimir Putin.
O chefe de Estado russo é objeto de um mandado de captura internacional emitido pelo Tribunal Penal Internacional por alegados crimes de guerra relacionados com a invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro de 2022.
Embora inicialmente se tenha especulado que a África do Sul concederia imunidade diplomática a Putin para facilitar a sua deslocação ao país, Moscovo acabou por confirmar que o Presidente participaria por videoconferência, com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, a representar presencialmente a Rússia.
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