O Exercício Operacional Combinado de Interdição Aérea Amazonas II, iniciado na terça-feira, decorre até 05 de agosto com missões nas cidades fronteiriças de Tabatinga (Brasil), Iquitos (Peru) e Letícia (Colômbia), onde as tripulações aéreas serão treinadas em operações simuladas para detetar, identificar, intercetar e transferir tráfego aéreo irregular.
A operação visa ainda "fortalecer as relações, trocar experiências, bem como praticar procedimentos de alerta precoce e rastreamento de aeronaves que pretendem usar ilegalmente o espaço aéreo dos três países", segundo um comunicado da Força Aeroespacial Colombiana.
A cerimónia pública de lançamento realizou-se hoje em Leticia, capital do departamento do Amazonas, onde foram assinadas as ordens necessárias para a realização das operações.
"Mais de 20 aeronaves estão a participar (...) e mais de 200 pessoas estão envolvidas no planeamento, logística e pilotos. Estamos a treinar há seis meses", disse o comandante de Operações Aéreas e Espaciais da Força Aeroespacial Colombiana, general Luis René Nieto Rojas.
O oficial colombiano esteve acompanhado na cerimónia pelo major-general Juan Pablo Tryon Carbone, vice-comandante do Comando de Operações da Força Aérea Peruana, e pelo brigadeiro-general Francisco Bento Antunes Neto, chefe do Centro Conjunto de Operações Aeroespaciais da Força Aérea Brasileira.
"Com isso, vamos garantir os interesses comuns da Colômbia, Peru e Brasil, que é a Amazónia, (...) garantir a segurança e a proteção da natureza contra essas ameaças que usam o meio ambiente para fortalecer as suas economias ilícitas", disse Nieto Rojas.
Este exercício ocorre no âmbito da cimeira de Presidentes da Amazónia, a realizar na próxima semana no Brasil, que permitirá aos países amazónicos consolidarem uma posição unificada sobre a preservação do bioma a apresentar na próxima cimeira mundial do clima (COP28), em novembro.
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