Segundo Vincent Magwenya, porta-voz do Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, o grupo também pediu às Nações Unidas que tomem medidas para desbloquear 200 mil toneladas de fertilizantes russos presos nos portos da União Europeia (UE).
"Os líderes [africanos] apelaram a medidas específicas para remover os obstáculos às exportações russas de cereais e fertilizantes, permitindo a plena implementação do acordo do Mar Negro", disse Magwenya numa conferência de imprensa em Pretória.
Em julho, a Rússia retirou-se de um acordo patrocinado pela ONU que permitia à Ucrânia exportar cereais através do Mar Negro, o que levou a um aumento dos preços dos cereais que está a afetar duramente os países mais pobres, maioritariamente africanos.
Moscovo exige garantias para outro acordo relativo às suas próprias exportações, em especial de fertilizantes.
O apelo para satisfazer algumas das exigências do Kremlin foi feito por Ramaphosa e por seis outros chefes de Estado, incluindo o egípcio Abdel Fattah al-Sisi e o senegalês Macky Sall, após as conversações realizadas na semana passada em São Petersburgo com o homólogo russo, Vladimir Putin, disse Magwenya.
Nos últimos dias, a Rússia tem estado a bombardear os portos da região de Odessa, que são cruciais para as exportações de cereais que beneficiam de uma passagem segura ao abrigo do acordo.
O Egito, a África do Sul e o Senegal fazem parte de um esforço diplomático de sete países africanos para tentar negociar o fim das hostilidades entre Kyiv e Moscovo.
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