EUA expressa apoio à Polónia sobre recentes tensões com Bielorrússia
O secretário da Defesa norte-americano manifestou hoje apoio ao homólogo polaco, na sequência da incursão de dois helicópteros militares bielorrussos no espaço aéreo da Polónia, debatendo ainda a presença dos mercenários do grupo militar russo Wagner na Bielorrússia.
© Ian Waldie/Bloomberg via Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
O responsável pela pasta da Defesa, Lloyd Austin, expressou o apoio dos Estados Unidos à resposta da Polónia à incursão de 1 de agosto no espaço aéreo polaco por aeronaves bielorrussas", adiantou o porta-voz do Pentágono, Pat Ryder, em comunicado.
Na conversa telefónica com o ministro da Defesa polaco, Mariusz Blaszczak, foi também abordada "a nova presença do grupo Wagner na Bielorrússia".
Os governantes comprometeram-se a "continuar a monitorizar a situação de perto".
Lloyd Austin agradeceu ainda os esforços significativos do ministro da Polónia no apoio à Ucrânia, com os dois governantes a "reafirmarem a importância da assistência de segurança contínua e robusta ao povo ucraniano".
A Polónia confirmou esta terça-feira uma invasão do seu espaço aéreo de dois helicópteros militares da Bielorrússia.
Varsóvia enviou hoje à Bielorrússia provas documentais da incursão no seu espaço aéreo, depois do governo de Aleksandr Lukashenko ter negado a ocorrência.
A Polónia vincou que a informação enviada hoje "contradiz a posição da Bielorrússia", exigindo também que Minsk "corrija a sua versão oficial nesta matéria".
O ministro da Defesa polaco, Mariusz Blaszczak, determinou entretanto o destacamento de vários helicópteros de combate naquela região.
Blaszczak garantiu esta quinta-feira que "os pilotos não hesitarão em abrir fogo se algo grave acontecer".
Por sua vez, o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, assegurou quinta-feira, num encontro com o Presidente lituano, Gitanas Nauseda, que a intenção da Bielorrússia é "tentar desestabilizar o flanco leste da NATO".
Morawiecki também fez referência ao acampamento de mercenários do grupo paramilitar russo Wagner perto da fronteira polaca, sublinhando que estes podem ter como objetivo "realizar sabotagens e provocações".
Desde a chegada do grupo de mercenários Wagner à Bielorrússia - como parte de um acordo com o Presidente russo, Vladimir Putin, para evitar julgamentos pela tentativa fracassada de rebelião em meados de junho na Rússia -, a Polónia tem vindo a alertar sobre os perigos que enfrenta devido à presença de milhares de mercenários perto da sua fronteira.
As queixas da Polónia relativamente à insegurança na fronteira que partilha com a Bielorrússia têm sido recorrentes nos últimos anos.
Varsóvia também acusa Minsk de usar milhares de migrantes para aumentar as tensões na área, em retaliação às sanções da União Europeia (UE) pela violência política desencadeada após as eleições de 2020, nas quais o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, revalidou o seu mandato pela sexta vez.
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