"Um homem foi morto a tiro e três pessoas ficaram feridas após um motorista ter sido apedrejado na avenida do aeroporto. O motorista respondeu ao ataque disparando vários tiros", declarou à imprensa local a porta-voz da polícia Novela Potelwa.
Os motoristas de carrinhas táxi bloquearam o acesso ao aeroporto internacional da Cidade do Cabo, segundo a polícia sul-africana. O carro da vítima foi incendiado, na via pública, indicou a imprensa local.
A porta-voz policial adiantou que quatro autocarros da empresa Golden Arrow Bus Services foram incendiados também na manhã de hoje, elevando para 10 o número de autocarros queimados na cidade desde quinta-feira devido à ação de protesto dos motoristas de carrinhas táxi.
De acordo com as autoridades de segurança, cerca de 1.500 efetivos policiais foram destacados para conter a violência em vários "pontos críticos" da cidade.
"Forças adicionais, incluindo apoio aéreo, foram destacadas para vários locais e outras interrupções de tráfego e outros incidentes foram relatados", referiu Potelwa.
Um segundo homem de 28 anos foi encontrado morto após ter sido baleado múltiplas vezes numa outra zona próximo da autoestrada N2, segundo a polícia sul-africana.
"Acredita-se que o motivo desse ataque esteja relacionado com o protesto dos táxis", referiu o porta-voz da polícia, Joseph Swartbooi.
A ação de protesto foi desencadeada na Cidade do Cabo pelo sindicato Conselho Nacional de Táxis da África do Sul (SANTACO, na sigla em inglês), após o que considerou ser o fracasso de negociações com as autoridades provinciais e locais no sul do país.
Os membros afetos ao sindicato, que indicou hoje que a paralisação continuará até quarta-feira, bloquearam ainda várias estradas de acesso à Cidade do Cabo, sede do Parlamento da África do Sul na província do Cabo Ocidental, e que é governada pelo principal partido da oposição Aliança Democrática (DA).
A autarquia da Cidade do Cabo indicou à imprensa local que pelo menos 110 casos criminais foram registados por incidentes relacionados com a greve de motoristas de carrinhas de transporte de passageiros.
As autoridades provinciais anunciaram a apreensão de pelo menos 43 miniautocarros, juntamente com a detenção dos respetivos motoristas, após o bloqueio dos acessos ao aeroporto.
"Não permitiremos que a ilegalidade crie raízes na nossa província", declarou a uma rádio local o responsável provincial pela Segurança Comunitária e Supervisão Policial, Reagen Allen.
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