Um jovem de 18 anos foi morto, na madrugada desta quarta-feira, na cidade de Nikopol, na região de Dnipropetrovsk, no sul da Ucrânia, depois de um ataque russo a uma zona residencial com artilharia pesada.
Segundo explicou a procuradora-geral ucraniana, através do Telegram, o bombardeamento que vitimou o adolescente danificou uma série de edifícios, nomeadamente uma igreja, várias casas particulares e edifícios agrícolas, carros, linhas de energia e gasodutos.
Foram também registados três feridos, todos eles do sexo masculino.
As autoridades garantiram que já estão a investigar o incidente, apontando que "foi iniciada uma investigação preliminar no âmbito de processos sobre crimes de guerra". "Estão a ser tomadas medidas prioritárias para corrigir os crimes cometidos pelo exército do país agressor", acrescentou a procuradoria.
Nikopol fica situada no sul da Ucrânia, na margem direita do rio Dnipro, uma zona que tem sido muito contestada por ambos os lados e que, por isso, é alvo de constantes bombardeamentos da parte das forças russas.
Também no Telegram, a procuradoria-geral da Ucrânia atualizou os seus dados relativamente aos incidentes a serem investigados como crimes de guerra e contra a humanidade, acrescentando que já morreram 499 crianças desde o início da guerra, a maioria na região de Donetsk.
A guerra na Ucrânia já fez mais de 9.300 mortos entre a população civil, segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. No entanto, a organização alerta que o número real de mortos será muito maior, tendo em conta as dificuldades em contabilizar as baixas em cidades ocupadas pelos russos - como é o caso de Mariupol, onde se estima que tenham morrido milhares de pessoas.
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