Viatcheslav Gladkov disse em mensagem na rede social Telegram que Gorkovski foi alvo de bombardeamentos das forças ucranianas, precisando que "cinco obuses explodiram no centro da vila, perto da escola", e que um homem morreu após ser atingido por estilhaços.
Três homens, também atingidos por fragmentos dos projéteis, e uma mulher em estado de choque foram hospitalizados, acrescentou.
Os bombardeamentos em localidades russas próximas da fronteira foram raros durante mais de um ano após o início da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022, mas têm-se intensificado nos últimos meses, em particular nas regiões de Belgorod e de Kursk.
A Rússia e a anexada península da Crimeia também têm registado um número crescente de ataques de 'drones' (veículos aéreos não tripulados), que Moscovo atribui às forças ucranianas.
Algum deste armamento já atingiu a capital russa, a mais de 500 quilómetros da fronteira com a Ucrânia, mas com impacto reduzido.
Em paralelo, as autoridades russas alegaram ter intercetado um 'drone' militar ucraniano que se dirigia para a central nuclear de Zaporijia, no sul da Ucrânia, ocupada pela Rússia.
Responsáveis pelas forças de segurança russas presentes na zona indicaram que o 'drone' foi intercetado na cidade de Energodar, próxima da central nuclear, e dirigia-se para as instalações "para destruir o compartimento de armazenamento de combustível nuclear".
As mesmas fontes relataram à agência noticiosa russa TASS que as Forças Armadas ucranianas, caso concretizassem esse objetivo, teriam devastado a zona e provocado "uma grande quantidade de vítimas civis".
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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