Rússia acusa Kyiv de ataque que terá feito 1 morto em Gorkovski

O governador da região russa de Belgorod afirmou hoje que um alegado bombardeamento ucraniano à povoação russa de Gorkovski, próximo da fronteira entre Rússia e Ucrânia, matou um civil e fez quatro feridos.

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© REUTERS/Alexander Ermochenko

Lusa
09/08/2023 18:10 ‧ 09/08/2023 por Lusa

Mundo

Viatcheslav Gladkov

Viatcheslav Gladkov disse em mensagem na rede social Telegram que Gorkovski foi alvo de bombardeamentos das forças ucranianas, precisando que "cinco obuses explodiram no centro da vila, perto da escola", e que um homem morreu após ser atingido por estilhaços.

Três homens, também atingidos por fragmentos dos projéteis, e uma mulher em estado de choque foram hospitalizados, acrescentou.

Os bombardeamentos em localidades russas próximas da fronteira foram raros durante mais de um ano após o início da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022, mas têm-se intensificado nos últimos meses, em particular nas regiões de Belgorod e de Kursk.

A Rússia e a anexada península da Crimeia também têm registado um número crescente de ataques de 'drones' (veículos aéreos não tripulados), que Moscovo atribui às forças ucranianas.

Algum deste armamento já atingiu a capital russa, a mais de 500 quilómetros da fronteira com a Ucrânia, mas com impacto reduzido.

Em paralelo, as autoridades russas alegaram ter intercetado um 'drone' militar ucraniano que se dirigia para a central nuclear de Zaporijia, no sul da Ucrânia, ocupada pela Rússia.

Responsáveis pelas forças de segurança russas presentes na zona indicaram que o 'drone' foi intercetado na cidade de Energodar, próxima da central nuclear, e dirigia-se para as instalações "para destruir o compartimento de armazenamento de combustível nuclear".

As mesmas fontes relataram à agência noticiosa russa TASS que as Forças Armadas ucranianas, caso concretizassem esse objetivo, teriam devastado a zona e provocado "uma grande quantidade de vítimas civis".

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Leia Também: Rússia prolonga por 12 dias manobras navais em zona económica da Bulgária

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