"As informações credíveis que recebi indicam que as condições da sua detenção podem ser consideradas como tratamento desumano e degradante, em violação do Direito Internacional em matéria de direitos humanos", afirmou Türk, num comunicado, referindo-se ao cativeiro de Bazoum, mulher e filho.
Os três estão detidos numa zona do palácio presidencial em Niamey desde o golpe de Estado de 26 de julho, liderado por uma junta militar, que se autodenomina Conselho Nacional de Salvaguarda da Pátria, chefiada pelo general Abdourahmane Tiani.
Türk disse ter recebido informações de que o Presidente e a sua família não têm acesso a eletricidade, água potável ou medicamentos.
"Os responsáveis pela detenção do Presidente e dos outros detidos devem garantir que os seus direitos humanos são plenamente respeitados e protegidos", acrescentou.
Os chefes de Estado-Maior da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) reúnem-se sábado no Gana, após os seus dirigentes terem decidido uma intervenção militar para restabelecer a ordem constitucional no Níger.
Após a reunião de Acra, os chefes de Estado-Maior transmitirão aos líderes da CEDEAO "as melhores opções" para a sua decisão de ativar e destacar a "força de reserva", segundo fontes militares regionais.
A CEDEAO, que continua a tentar encontrar uma solução pacífica para a crise, não especificou qualquer calendário, nem o número ou a origem das tropas que compõem a sua "força de reserva".
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