O ministro de Informação do Sudão do Sul, Michael Makuei, disse à agência Efe que "não houve aceitação pelas partes" envolvidas no conflito no país que faz fronteira, a norte, com o Sudão do Sul.
"O Presidente Salva Kiir ofereceu a sua mediação para resolver a crise, mas não obtivemos uma aceitação clara por parte das duas forças", disse o ministro, lembrando que o Sudão do Sul "foi o primeiro país a apresentar iniciativas de paz, mas não foi aceite, o que impossibilita a intervenção".
O Sudão do Sul mediou uma trégua de sete dias entre o governo e as RSF em maio, iniciativa a que se seguiu a decisão do exército e das forças paramilitares de enviarem os seus representantes à cidade saudita de Jeddah para negociarem um cessar-fogo, com a mediação dos Estados unidos da América (EUA) e da Arábia Saudita.
No entanto, estas negociações foram suspensas e o exército sudanês recusou que o Quénia presidisse ao comité de mediação, alegando que apoia os rebeldes.
O conflito no Sudão começou depois que as RSF se rebelaram contra o exército e, até agora, a guerra deixou entre 1.000 e 3.000 mortos, de acordo com diferentes estimativas, e obrigou mais de 4,5 milhões de pessoas a deslocarem-se para dentro e para fora do país.
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