Rússia admite incursão de comandos ucranianos na região de Kherson
A administração russa de ocupação na região de Kherson, no sul da Ucrânia, admitiu hoje que uma unidade de comandos ucranianos atravessou o rio Dniepre, que marca a linha da frente na zona, e ocupou temporariamente posições.
© GENYA SAVILOV/AFP via Getty Images
Mundo Ucrânia
"Alguns grupos de sabotadores conseguiram esconder-se nas imediações da cidade" de Kozachi Laheri, controlada por Moscovo na margem esquerda do Dniepre, disse à agência noticiosa TASS o funcionário da administração de ocupação Vladimir Saldo.
Saldo contou que as forças russas observaram forças especiais ucranianas a atravessar o rio a nado, puxando barcos insufláveis.
A área está agora "completamente limpa" de soldados ucranianos, acrescentou, segundo a agência francesa AFP.
Na segunda-feira, a vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Maliar, disse que as unidades ucranianas tinham efetuado "certas missões" na margem esquerda do Dniepre na região de Kherson, mas recusou-se a dar mais pormenores.
Na semana passada, bloguistas militares russos afirmaram que as tropas ucranianas se encontravam na aldeia de Kozachi Laheri, que diziam estar a ser bombardeada, assegurando ao mesmo tempo que Moscovo continuava a controlar a situação.
Desde a reconquista, em novembro, da capital regional Kherson, situada na margem direita do Dniepre, o exército ucraniano tem levado a cabo operações esporádicas na margem esquerda, que continua a ser controlada por Moscovo.
Kherson é uma das regiões que Moscovo declarou como anexadas ao território da Federação Russa sete meses depois do início da guerra, juntamente com Donetsk, Lugansk e Zaporijia.
A Rússia já tinha anexado a península ucraniana da Crimeia em 2014.
As anexações foram consideradas ilegais por Kiev e pela generalidade da comunidade internacional.
A retirada russa do território ucraniano, incluindo a Crimeia, é uma das exigências previstas no plano de paz de Kiev, mas a Rússia afirma que a Ucrânia tem de se conformar com a nova realidade.
As forças ucranianas lançaram uma contraofensiva em junho, depois de terem recebido novas armas dos aliados ocidentais, mas Kiev tem reconhecido a lentidão dos avanços face à resistência das tropas russas.
A guerra, iniciada por Moscovo em 24 de fevereiro de 2022, provocou um número ainda por determinar de mortos e feridos, milhões de refugiados e a destruição de parte da Ucrânia.
Causou também perturbações nas exportações energéticas e agrícolas que fizeram recear uma crise alimentar global.
A Ucrânia tem contado com o apoio dos aliados ocidentais no financiamento e no fornecimento de armamento.
Os aliados ocidentais decretaram também sanções contra a Rússia para tentar diminuir a sua capacidade de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
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