O presidente do governo do arquipélago, Fernando Clavijo, adiantou, em conferência de imprensa ao final da tarde de hoje, que o incêndio passou para a zona alta do município de Güímar, o que obrigou à retirada da população de vários núcleos habitacionais.
Clavijo tem insistido que, apesar das horas decorridas desde o início do incêndio e da sua dureza, o estado de espírito das equipas de bombeiros "está elevado", destacando "o magnífico trabalho" que está a ser feito no combate ao fogo.
Antes, Fernando Clavijo tinha indicado que apesar de o incêndio continuar fora de controlo, algumas linhas de defesa ativadas nos trabalhos de combate estão a começar a dar resultado.
O governante apontou também que o incêndio está a decorrer conforme previsto, apesar de ter passado para a zona de Chó Marcial, no município de Güímar.
As autoridades estão a concentrar os esforços para que o fogo não avance por aquele flanco.
Mais de 200 militares estão envolvidos no combate ao incêndio e têm atuado, sobretudo, na defesa de habitações dispersas nas zonas de Pista del Rayo e La Esperanza e com voos de reconhecimento, de acordo com o Ministério da Defesa espanhol.
O incêndio ocorre depois de uma onda de calor que varreu as Ilhas Canárias e deixou muitas áreas secas, aumentando o risco de incêndios florestais.
Segundo os cientistas, os eventos climáticos extremos estão a intensificar-se devido ao aquecimento global, sendo esperadas ondas de calor mais frequentes e intensas e o seu impacto mais generalizado.
Em 2022, 300 mil hectares foram destruídos por mais de 500 incêndios em Espanha, um recorde na Europa, segundo o Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS). Mais de 71.000 hectares já arderam em 2023 neste país.
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