"A Covid já passou e o meu plano de transição está de novo no bom caminho", sublinhou Lee Hsien, de 71 anos, num discurso proferido no Dia Nacional e citado pela agência France-Presse.
O chefe de Governo tinha planeado demitir-se em 2022, antes do seu 70.º aniversário, passando o cargo ao vice-primeiro-ministro, Lawrence Wong, mas acabou por adiar os seus planos devido à covid-19, justificando-se com a necessidade e dever de permanecer ao leme até o país ultrapassar a pandemia.
No entanto, a partir de agora, nenhuma controvérsia o "fará desviar" do seu "calendário para uma renovação", garantiu Lee Hsien, referindo-se aos recentes escândalos de alegada corrupção do ministro dos Transportes e demissão de dois representantes do partido no poder.
No seu discurso, Hsien absteve-se de indicar uma data para a passagem de testemunho que permitiria ao atual ministro das Finanças tornar-se primeiro-ministro, estando previstas eleições para 2025.
Para o professor de direito na Universidade de Gestão de Singapura, Eugene Tan, ao abster-se de revelar um calendário para a sua saída, Lee Hsien está a "segurar todas as cartas".
"Isto não é surpreendente, porque assim que ele revelar um calendário, tornar-se-á um pato manco", defendeu.
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