"Agrediu uma mulher". Líder do Somar pede demissão de Luis Rubiales
A dirigente política expôs a sua posição exigindo o "cumprimento" da Lei do Desporto e a ativação dos protocolos da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) em matéria de atos sexistas.
© Gabriel Luengas/Europa Press via Getty Images
A líder do partido espanhol de extrema-esquerda Somar, Yolanda Díaz, insistiu, esta segunda-feira, na demissão do presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luis Rubiales, após este celebrar o título conquistado no Mundial Feminino de Futebol com um beijo na boca a uma das jogadoras, Jenni Hermoso.
"Continuamos a exigir a demissão de Rubiales, que assediou e agrediu uma mulher. As suas desculpas não servem de nada", argumentou a vice-presidente interina de Espanha, em declarações à imprensa espanhola a partir do Congresso.
A dirigente política expôs a sua posição exigindo o "cumprimento" da Lei do Desporto e a ativação dos protocolos da referida Federação em matéria de atos sexistas.
Importa lembrar que, no domingo, em pleno momento de atribuição das medalhas das vencedoras e vencidas da final da competição, Luis Rubiales cumprimentou a atleta Jenni Hermoso, de 33 anos, com um beijo no boca, em pleno relvado do Stadium Australia, em Sydney.
O incidente motivou muitas reações desfavoráveis ao presidente da RFEF, nomeadamente por parte de ministras espanholas. Algumas das quais, à semelhança de Yolanda Díaz, pediram a demissão do dirigente.
Luis Rubiales já reconheceu a infelicidade do ato, por meio de um vídeo onde endereça um pedido de desculpas público por este "incidente" que disse ter "de lamentar". E explicou: "Há uma magnífica relação entre ambos, assim como com outras [atletas]. Mas seguramente errei, tenho de reconhecer. Num momento de máxima efusividade, sem qualquer má intenção ou má-fé, ocorreu o que ocorreu, de maneira muito espontânea".
À margem do incidente, Yolanda Díaz endereçou ainda as suas felicitações às "campeãs do mundo" pela "lição de feminismo", na sequência da sua vitória frente a Inglaterra, por 1-0, e que valeu às espanholas a conquista do Campeonato do Mundo de Futebol Feminino.
"Mostraram-nos muitas coisas sobre a igualdade, não apenas no desporto e no futebol. Mostraram-nos que há muito a fazer no nosso país, que há muito a fazer para nos tornarmos iguais, homens e mulheres", apontou ainda.
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