EUA: Wagner torna países africanos "mais pobres, débeis e menos seguros"

A embaixadora norte-americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse hoje no Conselho de Segurança que a presença do grupo paramilitar russo Wagner em vários países africanos tornou estes "mais pobres, mais fracos e menos seguros".

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Lusa
22/08/2023 19:16 ‧ 22/08/2023 por Lusa

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A diplomata falava durante uma sessão dedicada à situação na Líbia e aludia à presença do grupo de segurança privada, formado por mercenários, no Mali, Burkina Faso, Níger e Sudão.

Segundo Thomas-Greenfield, a atividade da Wagner nestes países e na Líbia tem "um impacto pernicioso" e, por isso, insistiu em que se deve colocar a tónica na sua presença, que nem sempre é oficialmente reconhecida em Moscovo ou nos países africanos.

Na segunda-feira, o chefe da Wagner, Yevgeny Prigozhin, apareceu em vídeo pela primeira vez desde o fracassado motim de 24 de junho contra o Kremlin, e sugeriu que regressou a África para tornar a Rússia "ainda maior em todos os continentes".

No vídeo, Prigozhin não diz explicitamente que está em África, mas aparece numa paisagem semelhante à savana africana e afirma que a temperatura à sua volta é de 50 graus.

"Justiça e felicidade para os povos africanos", proclama o chefe da Wagner na mensagem de video, na qual afirma que o seu grupo paramilitar é o "pesadelo" do [grupo extremista] Estado Islâmico, da Al-Qaida "e de outros bandidos".

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse à BBC, há dias, que o grupo Wagner está a "tirar partido" da instabilidade no Níger, embora tenha afirmado não acreditar que a Rússia esteja por detrás do recente golpe, insistindo que "onde quer que este grupo Wagner tenha ido, a morte, a destruição e a exploração seguiram-no".

Leia Também: Prigozhin grava 1.º vídeo desde a rebelião. Está "a trabalhar" em África

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