Cidade nos EUA esteve a poucas horas de ficar sem departamento policial
Todos os agentes da pequena localidade demitiram-se devido aos baixos salários.
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Mundo Estados Unidos
Não é comum que, num país onde há departamentos policiais com um orçamento comparável a pequenos países, haja crises na contratação de agentes. Mas foi precisamente esse o imbróglio em que esteve a pequena localidade de Goodhue, no estado norte-americano do Minnesota, que, na quarta-feira, esteve a poucas horas de não ter um único agente da polícia no ativo.
Todos os agentes do departamento policial tinham-se demitido no início do mês, devido aos baixos salários e à falta de funcionários, que afeta os pequenos departamentos nas zonas rurais nos Estados Unidos.
No entanto, na quarta-feira, o conselho da cidade acordou finalmente um contrato temporário com o departamento policial do condado, que se prolongará entre esta quinta-feira e o final do ano.
Esta quinta-feira, o departamento voltou às funções, mas conta com menos quatro agentes e, segundo a NBC News, já avisou que irá negociar novamente com a autarquia a contratação de mais polícias.
"A falta de staff e os salários são o que tem levado muitos pequenos departamentos a dissolverem-se por todo o país, e nós não estamos imunes. Muitos xerifes e departamentos policiais estão, a esta altura, a trocar agentes e voluntários entre si e não estamos a atingir nada", explicou Marty Kelly, o xerife do condado de Goodhue, à cadeia de televisão norte-americana.
Além disso, a falta de novos recrutas tem tornado difícil a reposição dos polícias que se reformam.
Josh Smith, o antigo chefe do departamento policial da localidade, demitiu-se a 9 de agosto e salientou que os salários baixos são desmotivantes.
Este é um problema que, por comparação, não afeta as grandes cidades nos Estados Unidos, onde os enormes orçamentos dados aos departamentos policiais são mesmo motivo de crítica de uma grande fatia da população. Por exemplo, o famoso departamento de Nova Iorque, que todos os anos pede mais fundos, tem um orçamento de 11 mil milhões de euros, mas é constantemente criticado por comprar armas e equipamentos de nível militar e por não gerir esses recursos da melhor forma.
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