Parlamento venezuelano nomeia novas autoridades no Conselho Eleitoral

A Assembleia Nacional da Venezuela (AN), onde o chavismo detém a maioria, nomeou quinta-feira as novas autoridades principais e suplentes do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para o período 2023-2030.

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Lusa
25/08/2023 07:17 ‧ 25/08/2023 por Lusa

Mundo

Venezuela

As nomeações, segundo o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi possível graças "ao consenso alcançado entre as partes". No entanto, a oposição questiona e denuncia tratar-se de "incondicionais" nomeados para minar os dissidentes e fomentar a abstenção.

O novo CNE terá como reitores principais Elvis Eduardo Amoroso (presidente), Rosalba Pacheco Gil, Acmé Clarisa Nogal Méndez, Carlos Enrique Quintero Cuevas e Juan Carlos Delpino Boscán.

São reitores suplentes Leonel Henrique, Gustavo Vizcaíno, Francisco Garcés (luso-descendente), Antonieta Di Stefano, Tulio Ramírez e Ana Julia Niño.

"A eleição de um CNE tão profissional, equilibrado e de tanto nível é uma boa notícia para a Venezuela", disse Maduro à televisão estatal, ao referir-se às nomeações.

Segundo a imprensa local dois dos cinco novos reitores do CNE, Elvis Amoroso e Carlos Quintero, estão sancionados desde 2017 pelo Departamento do Tesouro dos EUA por alegada "cumplicidade" para "minar a democracia e violar os direitos humanos" dos venezuelanos.

A imprensa afirmou ainda que três reitores são afetos ao regime.

O opositor Tomás Guanipa, do partido Primeiro Justiça, questiona a nomeação de Elvis Amoroso como reitor presidente do CNE.

Através da rede social X (antigo Twitter) explicou que foi responsável pelas desqualificações dos dirigentes políticos opositores Juan Guaidó, Maria Corina Machado e Freddy Superlano, entre outros.

Por outro lado, indicou que Elvis Amoroso integrou a polémica Assembleia Constituinte e, apesar de ser militante do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido do Governo), foi presidente do Conselho Moral Republicano.

O opositor diz ainda que "tudo era previsível" e que "o novo CNE é tão desequilibrado e dócil ao poder como todos os predecessores".

Por outro lado, Juan Guaidó, manifestou preocupação, na mesma rede social, pela eleição de um "incondicional e cúmplice das tarefas sujas" para presidir ao CNE, e pede aos venezuelanos que respondam com "unidade" para "fortalecer as primárias" opositoras previstas para 22 de outubro.

Leia Também: Venezuela acusa CIDH de servir interesses contrários ao país

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