"Estamos a divulgar a lista porque acreditamos que ajudará nas investigações", explicou o chefe da polícia local, John Pelletier, num comunicado, admitindo também que tornar públicas as identidades pode, ao mesmo tempo, "causar dor" aos familiares das vítimas.
Até quinta-feira, as autoridades tinham conseguido localizar 1.732 pessoas que foram inicialmente dadas como desaparecidas devido ao caos provocado pelos incêndios.
As autoridades mantêm o número oficial de mortos em 115, sem descartar a possibilidade de um aumento no número de vítimas mortais.
"Queremos ter certeza de que faremos tudo o que é possível para concluir as investigações", disse o responsável da polícia, que apelou à colaboração da população.
As autoridades apelaram às pessoas que tenham informações sobre os desaparecidos a entrar em contacto com a polícia federal norte-americana (FBI), responsável pela verificação de dados e pela elaboração da lista de desaparecidos.
Na quarta-feira, as autoridades disseram que entre 1.000 a 1.100 nomes de pessoas desaparecidas constavam numa lista provisória e não confirmada do FBI, sublinhando ainda que amostras de ADN de apenas 104 famílias tinham sido recolhidas, um número muito inferior quando comparado com outras situações de crise registadas anteriormente nos Estados Unidos.
O condado de Maui anunciou entretanto que vai processar a Hawaiian Electric Co., afirmando que a concessionária de eletricidade falhou por negligência ao não desligar a energia perante o registo de ventos excecionalmente fortes e das condições de seca na região, situações que terão potenciado o alastrar das chamas.
Relatos de testemunhas e vídeos mostraram que faíscas de linhas de energia provocaram incêndios e que postes deste serviço público partiram-se com os ventos, que foram impulsionados por um furacão que estava a passar pela zona.
A Hawaii Electric disse, num comunicado, que está "muito dececionada que o condado de Maui tenha escolhido este caminho litigioso enquanto a investigação ainda está em curso".
Os incêndios florestais que atingiram este mês o Havai foram considerados os mais mortíferos em mais de um século nos Estados Unidos.
Perante a dimensão da destruição ocorrida no estado norte-americano do Havai, o Presidente dos Estados Unidos declarou o estado de catástrofe, permitindo desbloquear ajuda federal para o arquipélago.
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