O ex-primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, atribuiu a culpa pela morte do líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, exclusivamente ao presidente russo, Vladimir Putin.
No seu último artigo de opinião publicado no jornal Daily Mail, no sábado, Johnson referiu que uma investigação à queda do avião onde seguia o líder do Grupo Wagner não era necessária, assim como considerou que não é preciso "olhar para o ADN ou para os registos dentários".
"O mundo inteiro sabe muito bem - e pretende saber - que o homem responsável pelo assassinato de Prigozhin e da liderança do Grupo Wagner, para não mencionar as mortes da tripulação, é o mesmo homem que autorizou, por exemplo, os envenenamentos no Reino Unido de Alexander Litvinenko e Sergei Skripal", escreveu na sua crónica, citada pela Sky News.
E acrescentou: "Putin é exposto como um gangster e o seu absurdo 'tributo' televisionado aos wagneristas mortos vem direto das páginas de 'O Poderoso Chefão'".
De recordar que Boris Johnson sempre foi um dos maiores apoiantes da Ucrânia durante a invasão russa, assim como sempre foi um dos mais duros críticos do presidente Putin.
A morte do líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, foi este domingo confirmada após exames genéticos, avançou o Comité de Investigação da Rússia, citado pela mesma televisão britânica.
O jato particular que transportava Prigozhin e a sua guarda caiu no final da tarde de quarta-feira na região de Tver, a noroeste de Moscovo, levantando imediatamente suspeitas de um assassinato orquestrado pelo poder russo.
Em Washington, Paris, Berlim ou Kyiv, altos funcionários deram a entender que as suas suspeitas recaíam diretamente sobre o Kremlin.
Por seu lado, o Kremlin negou ter ordenado o assassinato de Prigozhin, qualificando estas insinuações como "especulação".
Leia Também: AO MINUTO: Morte de Prighozin confirmada; Colisão de caças investigada