A imprensa francesa dá hoje nota de que a antiga ministra do Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau entrou na corrida à sucessão de Moussa Faki Mahamat, cujo mandato como presidente da Comissão da União Africana termina no início de 2025.
"É candidata de peso", defendeu hoje o chefe de estado guineense, em declarações aos jornalistas, à chegada ao aeroporto de Bissau, no regresso de férias ao país.
Sissoco Embalo considerou que a candidatura de Suzy Barbosa não surge por ela ter sido ministra do Negócios Estrangeiros do governo liderado pelo atual presidente, mas porque "ela deixou uma marca".
"O que é verdade (é que) qualquer guineense ou país da nossa sub-região teria muito prazer e orgulho de ter uma ministra do calibre dela", afirmou.
Se a antiga ministra for a escolhida para o cargo, "é mais um orgulho para a Guiné-Bissau", assim como para a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), na opinião do presidente.
O chefe de estado lembrou que a União Africana tem a preocupação da questão do género, na escolha da liderança, o que significará que sendo agora o cargo ocupado por um homem, segue-se uma mulher.
"Claro que podem aparecer outros candidatos, até é bom e plausível que haja outros candidatos", considerou, acrescentando que já teve manifestações e apoio de Portugal e de outros países.
"Mas ainda falta um ano e tal, ela já apresentou a candidatura, a Guiné só vai endossá-la (apoiá-la), o presidente da República e o chefe da diplomacia vai endossá-la com muito prazer, e o Governo também não tem outro caminho e deve seguir essa dinâmica", referiu.
A CUA é a responsável pelas atividades da União Africana, está sediada na Etiópia e é constituída por um presidente, um vice-presidente e oito comissários.
Os mandatos são de quatro anos, renováveis uma vez e o atual presidente Moussa Faki Mahamat, do Chade, está a menos de ano e meio de terminar o segundo e último mandato.
A antiga ministra guineense, Suzy Barbosa é a primeira candidata conhecida à sucessão.
"Penso que se ela passar estamos todos de parabéns", considerou o presidente da Guiné-Bissau
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