"O quadro de cooperação internacional mudou substancialmente nos últimos tempos, por isso teremos de encontrar outras formas de defender os nossos interesses no Mali", declarou a ministra dos Negócios Estrangeiros, Anniken Huitfeldt, em comunicado.
Oslo justificou a decisão com a situação política "exigente" no Mali após os dois golpes militares, em 2020 e 2021, e pelo facto de o governo de transição ter suspendido a sua colaboração em matéria de segurança com a França e a Organização das Nações Unidas.
A insegurança no Mali e as relações com França, antiga potência colonial, e outros países ocidentais deteriorou-se acentuadamente desde que os coronéis tomaram o poder pela força em Bamaco, em agosto de 2020.
A missão das Nações Unidas já encerrou quatro bases nas zonas mais remotas do país, de acordo com um calendário que prevê que, até 30 de setembro, apenas três permaneçam abertas - Bamaco, Timbuktu e Gao - que têm de ser encerradas até 31 de dezembro, segundo o acordo entre a ONU e o governo maliano.
A embaixada da Noruega em Bamaco também representava os interesses do país no Burkina Faso, Mauritânia, Níger e Chade, pelo que será agora necessário encontrar uma solução para manter a representação diplomática nesses países.
"O facto de fecharmos a nossa embaixada em Bamaco não significa que terminemos o nosso compromisso no Sahel. Há uma grande necessidade humanitária e a Noruega continuará a ser um parceiro confiável e de longo prazo para os civis no Mali e nos outros países do Sahel", disse a chefe da diplomacia.
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