Donald Trump declarou-se inocente no caso de manipulação dos resultados eleitorais no Estado de Geórgia. O antigo presidente dos Estados Unidos anunciou ainda que não vai comparecer à audiência seguinte, na próxima semana.
Com a sua anunciada ausência da audiência na próxima semana em tribunal, o juiz do Tribunal Superior do Condado de Fulton, no Estado da Georgia, Scott McAfee, não poderá ainda ouvir as primeiras alegações do ex-presidente face às acusações.
Recorde-se que, na semana passada, o ex-chefe de Estado entregou-se na prisão do condado de Fulton, em Atlanta, e tornou-se no primeiro ex-presidente dos Estados Unidos a ser formalmente detido. Além disso, viu a sua 'mugshot' [foto tirada em contexto policial] tornar-se numa das fotografias mais partilhadas nas redes sociais.
Trump é acusado de tentar provocar uma fraude nos resultados das eleições presidenciais de 2020 no estado da Geórgia, na sequência de investigações, lideradas pela procuradora Fani Willis, que decorreram durante mais de dois anos. O processo conta ainda com outros 18 arguidos.
O ex-presidente enfrenta 13 acusações, entre as quais a violação de uma lei de anticorrupção, que, a ser confirmada, implica uma pena de prisão. Entre os acusados estão também o seu antigo advogado pessoal, Rudy Giuliani, bem como o seu ex-chefe de gabinete, Mark Meadows.
Trump foi formalmente acusado em quatro casos diferentes: o caso do pagamento alegadamente ilegal à atriz pornográfica Stormy Daniels; a acusação sobre os documentos classificados retidos no seu resort de luxo de Mar-a-Lago, na Flórida; a tentativa de reverter o resultado das eleições a nível nacional ao alegar que o processo foi "roubado"; e a pressão colocada sobre as autoridades eleitorais na Geórgia para, também aí, tentar reverter os resultados eleitorais que deram a vitória a Biden.
As autoridades continuam ainda a investigar o papel do antigo presidente no ataque ao Capitólio, a 6 de janeiro de 2021, no qual os seus apoiantes mais extremistas tentaram interromper o processo de certificação dos resultados.
Trump contesta todas as alegações e, sobre o caso da Geórgia, alega que as acusações são politicamente motivadas, cujo objetivo seria retirá-lo da corrida à Casa Branca em 2024.
[Notícia atualizada às 17h13]
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