"Durante a passagem [da linha de frente], o lado ucraniano tentou desacreditar as Forças Armadas russas, garantes da segurança da rotação, utilizando meios que imitavam explosões de projéteis no percurso", disse o Ministério da Defesa russo.
O Ministério da Defesa publicou no Telegram um vídeo da chegada dos especialistas, que usavam coletes à prova de balas azuis com insígnias da AIEA.
"As Forças Armadas russas garantiram a rotação segura da missão de observação da organização nuclear internacional na central nuclear de Zaporijia", afirmou.
Segundo o Ministério, foi estabelecida uma zona com um raio de um quilómetro em torno do local da passagem frontal, na ponte destruída junto à cidade de Vasilivka, na qual foi declarado um cessar-fogo "estritamente respeitado pelos militares russos".
"Apesar da provocação dos ucranianos, os militares russos conseguiram garantir a passagem segura dos observadores e a sua transferência para a central nuclear", acrescentou.
Esta rotação foi realizada em vésperas do aniversário da primeira visita do diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, à central nuclear e do início das missões de observação da organização nesta unidade, a maior na Europa.
A Rússia e a Ucrânia acusaram-se mutuamente de atacar repetidamente a central nuclear, e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou há alguns meses para a colocação de explosivos nos telhados de dois reatores, informação que os inspetores da AIEA não confirmaram.
Kyiv acusa também as forças russas de colocarem equipamento de guerra nas instalações, alegação negada por Moscovo, salientando que apenas militares dedicados à sua segurança se encontram na central nuclear.
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