O Conselho de Paz e Segurança da organização "decide suspender imediatamente a participação do Gabão em todas as atividades da UA, seus órgãos e instituições", anunciou num comunicado publicado na rede social X (ex-Twitter).
A organização "condena veementemente a tomada do poder pelos militares na República do Gabão", continua a nota.
A reunião foi presidida pelo comissário da União Africana para os Assuntos Políticos, o nigeriano Bankole Adeoye, e pelo atual titular da presidência rotativa do Conselho, o burundiano Willy Nyamitwe.
Na quarta-feira, o presidente da comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, tinha já condenado "firmemente" o que descreveu como "a tentativa de golpe" no Gabão, um país centro-africano rico em petróleo, governado há mais de 55 anos pela família Bongo.
Os soldados golpistas anunciaram esta quarta-feira que "puseram fim ao regime em vigor" no Gabão e colocaram em prisão domiciliária o Presidente, Ali Bongo Ondimba, no poder há 14 anos, logo após o anúncio oficial da sua vitória nas eleições presidenciais realizadas no sábado.
Moussa Faki Mahamat apelou também ao exército gabonês e às forças de segurança para "garantirem a integridade física" de Ali Bongo Ondimba.
O golpe foi condenado por vários países, organizações e líderes internacionais, incluindo o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, e o alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell.
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