"Nos últimos anos, a China e o Vaticano mantiveram contactos e a China está disposta a manter um espírito de conciliação com o Vaticano, envolver-se num diálogo construtivo, reforçar a compreensão e a confiança mútua e promover o processo de melhoria das relações bilaterais", afirmou Wang Wenbin, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
O papa Francisco aterrou hoje na Mongólia, na primeira visita papal a esta vasta e remota nação asiática, enviando pelo caminho uma mensagem de "unidade e paz" à China, com quem espera melhorar as relações.
A visita do soberano pontífice, de 86 anos, à Mongólia, país predominantemente budista, é um gesto de apoio à pequena comunidade de católicos, que conta com cerca de 1.400 fiéis, numa população com mais de três milhões de habitantes.
Questionado por um jornalista a bordo do avião papal se achava difícil a diplomacia, o papa respondeu: "Sim, não sabe o quão difícil é".
"Às vezes é preciso ter sentido de humor", explicou.
Enquanto o avião sobrevoava a China, o papa enviou um telegrama a desejar "felicidades" ao Presidente chinês, Xi Jinping, e ao povo chinês.
"Garantindo-vos as minhas orações pelo bem-estar da nação, invoco sobre vós todas as bênçãos divinas da unidade e da paz", escreveu Francisco, seguindo a tradição de saudar os líderes dos países cujo espaço aéreo atravessa.
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