Durante a visita, Josep Borrell vai reunir-se em Tbilissi com a Presidente da Geórgia, Salome Zurabishvili, e com o primeiro-ministro, Irakli Garibashvili.
O principal tópico da agenda vai ser a adesão do país à UE.
A Geórgia ainda não tem o estatuto de candidato como, por exemplo, a Ucrânia, que o recebeu no ano passado, na sequência de um processo de adesão mais célere do que o habitual, no seguimento da invasão russa do território ucraniano.
O pedido de adesão da Geórgia foi feito em março de 2022 e o Conselho Europeu debateu-o em junho desse ano.
Apesar de os 27 do bloco comunitário terem concluído que estavam preparados para conceder o estatuto de candidato a Tbilissi, esse passo não foi dado e acabaram apenas por estabelecer as prioridades para o caminho europeu da Geórgia.
Ainda nesta deslocação, Borrell terá um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Ilia Darchiashvili, e irá reunir-se com deputados georgianos e elementos da sociedade civil.
A UE tem há 15 anos uma missão de monitorização na Geórgia, responsável pelo acompanhamento do processo democrático no país.
Esta visita de Josep Borrell acontece poucos dias depois da Presidente da Geórgia, Salome Zourabichvili, ter sido recebida em Bruxelas pelo presidente do Conselho Europeu.
Na sexta-feira passada, Charles Michel destacou o apoio ao "caminho europeu" da Geórgia, após a UE ter reconhecido há um ano a perspetiva europeia do país, apelando a reformas e defendendo também a integridade territorial.
Na mesma ocasião, Charles Michel salientou que a decisão adotada em junho de 2022 para reconhecer a perspetiva europeia do país "constitui uma oportunidade histórica que não pode ser desperdiçada".
A Geórgia, uma ex-república soviética, tem ambições de ingressar na UE e na NATO, mas várias medidas do atual Governo lançaram recentemente uma sombra sobre estas aspirações e levantaram dúvidas sobre os laços do executivo com Moscovo.
O pequeno país do Cáucaso de quase quatro milhões de habitantes ainda está marcado por uma breve guerra perdida com a Rússia em 2008 e, desde então, Moscovo patrocina duas regiões, a Abecásia e a Ossétia do Sul.
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