Nacionalistas russos reivindicam incursão na Rússia com dois mortos

Uma milícia nacionalista russa que luta ao lado das forças ucranianas reivindicou hoje ter matado dois agentes dos serviços secretos russos durante uma incursão em território da Rússia.

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Lusa
05/09/2023 08:52 ‧ 05/09/2023 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

O Corpo de Voluntários Russos, que tem efetuado incursões armadas na Federação Russa, disse que a ação ocorreu na região de Bryansk, que faz fronteira com o norte da Ucrânia.

O governador de Bryansk, Alexandr Bogomaz, disse na segunda-feira à noite que o exército russo e as tropas do Serviço Federal de Segurança (FSB) tinham frustrado uma tentativa de sabotagem dos serviços secretos ucranianos em território russo.

A versão do governador foi desmentida pela milícia num comunicado nas redes sociais citado pela agência espanhola EFE, em que, ironicamente, saudou o FSB "por mais uma operação bem sucedida".

O grupo afirmou ainda que os dois agentes russos alegadamente mortos foram abatidos pela própria milícia e não pelo grupo de sabotagem ucraniano mencionado pelo governador de Bryansk.

Nos últimos meses, as autoridades russas têm denunciado várias tentativas de sabotagem, que atribuem a forças ucranianas, nas regiões russas que fazem fronteira com a Ucrânia, em Belgorod e Bryansk, em que morreram vários civis.

O Corpo de Voluntários Russos e a Legião da Liberdade para a Rússia, outra milícia de exilados russos, realizaram a ação mais notória em 22 e 23 de março, quando conseguiram controlar várias localidades em Belgorod durante horas.

Embora Kiev afirme não ter nada a ver com estas ações, ambas as formações utilizam equipamento do exército ucraniano, em alguns casos de fabrico ocidental.

As duas milícias também estão autorizadas a lançar estes ataques a partir de território ucraniano, segundo a EFE.

As informações divulgadas pela Ucrânia e pela Rússia sobre o curso da guerra iniciada por Moscovo em 24 de fevereiro de 2022 não podem ser verificadas de imediato por fontes independentes.

A Ucrânia tem recebido armamento dos aliados ocidentais, que também decretaram sanções contra Moscovo para tentar diminuir a sua capacidade de financiar o esforço de guerra.

O número oficial de baixas civis e militares do conflito é desconhecido, mas diversas fontes, incluindo a ONU, admitem que será elevado.

Leia Também: Desmantelada rede russa que recrutava mercenários para lutar na Ucrânia

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