O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, afirmou, esta terça-feira, que a Coreia do Norte "pagará um preço" se fornecer armamento à Rússia.
Em conferência de imprensa, o responsável disse que não há indicações de que Pyongyang tenha fornecido grandes quantidades de armas, mas as negociações com Moscovo estão a "avançar nesse sentido".
"Fornecer armas à Rússia para serem utilizadas no campo de batalha, para atacar silos de cereais e as infraestruturas de aquecimento das principais cidades, à medida que nos aproximamos do inverno, para tentar conquistar um território que pertence a outra nação soberana, não vai refletir-se bem na Coreia do Norte e eles vão pagar um preço por isso na comunidade internacional", disse Sullivan na Casa Branca.
#BREAKING: National Security Adviser Jake Sullivan says North Korea "will pay the price" if it provides weapons to Russia. pic.twitter.com/0iltYKeD2z
— Moshe Schwartz (@YWNReporter) September 5, 2023
Sublinhe-se que, de acordo com o jornal norte-americano New York Times, a Rússia e a Coreia do Norte estão em negociações sobre a entrega de armas. A Rússia pretende obter de Pyongyang projéteis de artilharia e mísseis antitanque, enquanto a Coreia do Norte espera receber tecnologia de ponta para satélites e submarinos nucleares, bem como ajuda alimentar.
De acordo com o mesmo jornal, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o seu homólogo norte-coreano, Kim Jong-un, poderão encontrar-se em breve em Vladivostoque, uma cidade costeira russa próxima da Coreia do Norte.
Já esta terça-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, recusou confirmar as informações sobre a reunião entre os líderes russo e norte-coreano, mas admitiu a possibilidade de exercícios militares conjuntos.