O Serviço Europeu de Monitorização das Alterações Climáticas do Copernicus (C3S) anunciou, esta quarta-feira, que este ano será provavelmente o mais quente da História.
O serviço de monitorização da União Europeia (UE) falou sobre os últimos meses de verão, que atingiram recordes no Hemisfério Norte.
"Os três meses passados são os mais quentes que tivemos em, aproximadamente, 120 mil anos, por isso, efetivamente, na história da humanidade", referiu a diretora-adjunta deste serviço de monitorização europeu, Samantha Burgess, à agência France-Presse (AFP)
No Hemisfério Sul também foram batidos muitos recordes de calor em pleno inverno austral. Durante este período registaram-se sempre - tanto pela Europa como por outras partes do mundo - ondas de calor, secas e incêndios florestais.
Perante os resultados do C3S, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, já reagiu. "O nosso planeta acaba de passar por uma temporada de ebulição - o verão mais quente já registado", referiu o responsável, citado pela AFP.
"O colapso climático começou", rematou Guterres.
"O nosso clima está a implodir mais depressa do que conseguimos aguentar, com fenómenos meteorológicos extremos a atingir todos os cantos do planeta", lamentou, apontado que os cientistas têm alertado "para as consequências da nossa dependência dos combustíveis fósseis".
Os alertas para estas situações têm vindo a ser deixados por várias entidades, tendo já no final de julho, o secretário-geral da ONU referido a questões das alterações climáticas como em "ebulição".
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou hoje, em declarações à imprensa, que "acabou a era do aquecimento global e começou a era da ebulição global".
Lusa | 20:25 - 27/07/2023
"As alterações climáticas estão aqui. São aterradoras. E isto é apenas o início. A era do aquecimento global acabou. Começou a era da ebulição global", refere.
O líder afirmou ainda que a temporada ia ser "cruel" para locais como a América do Norte, África e Europa - mas que também o resto do mundo era afetado. "Para o planeta inteiro, é um desastre", desenvolveu.
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