Líbano. Confrontos recomeçaram no maior campo de refugiados palestinianos

Os confrontos no maior campo de refugiados palestinianos do Líbano recomeçaram hoje de madrugada com fortes tiroteios e bombardeamentos que feriram pelo menos 20 pessoas e levaram os residentes do campo e da área circundante a fugir.

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© Getty Images

Lusa
08/09/2023 11:05 ‧ 08/09/2023 por Lusa

Mundo

Líbano

No campo de Ein el-Hilweh, houve vários dias de batalhas de rua entre o movimento Fatah, do Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, e grupos islamistas, depois de o movimento ter acusado os islamistas de terem morto a tiro um dos seus generais a 30 de julho. 

Os combates de rua de então causaram pelo menos 13 mortos e dezenas de feridos e obrigaram centenas de pessoas a fugir das suas casas.

Desde 03 de agosto que se encontram em vigor tréguas, mas era espectável o recomeço dos confrontos, uma vez que os grupos islamistas não entregaram os acusados de assassinar o general da Fatah, Mohammad "Abu Ashraf" al-Armoushi, à justiça libanesa, tal como exigido por um comité de fações palestinianas no início do mês.

Terça-feira, um comité de fações palestinianas em Ein el-Hilweh anunciou que as forças de segurança conjuntas iriam lançar rusgas em busca dos assassinos.

Maher Shabaita, chefe da Fatah na região de Sidon, disse à agência noticiosa Associated Press (AP) que os grupos islamistas tinham lançado um ataque na quinta-feira à noite, numa tentativa de impedir os planos das forças palestinianas de retirar os militantes das escolas que tinham ocupado no campo.

No final da manhã de hoje, os combates diminuíram de intensidade, pelo menos temporariamente, observou a AP.

Num breve balanço dos confrontos de hoje de madrugada, a agência noticiosa estatal National News Agency libanesa informou que não há registo de mortes e que 20 pessoas ficaram feridas, incluindo um homem idoso, que foram transportadas para hospitais.

Shabaita disse que entre os feridos se encontravam três voluntários da defesa civil, atingidos por bombardeamentos quando estavam a trabalhar na extinção de incêndios.

A universidade pública libanesa anunciou, entretanto, que, devido aos confrontos, vai encerrar as instalações na cidade de Sidon, adjacente ao campo, e adiar os exames previstos.

Os funcionários da agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos, UNRWA, não puderam dar imediatamente informações sobre o número de vítimas ou de deslocados.

Na semana passada, a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA, na sigla inglesa) pediu 15,5 milhões de dólares (14,48 milhões de euros) para reparar as infraestruturas danificadas durante a última ronda de confrontos no campo.

O montante destina-se também a apoiar a criação de locais de ensino alternativos para as crianças cujas escolas foram danificadas ou ocupadas por militantes e dar assistência em dinheiro às pessoas que foram deslocadas das suas casas.

Leia Também: Mandato da força da ONU no Líbano prorrogado por um ano

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