"A Starlink tem sido uma ferramenta vital para que os ucranianos possam comunicar entre si e, em particular, para que os militares comuniquem no seu esforço para defender todo o território da Ucrânia", assinalou o secretário de Estado dos Estados Unidos da América (EUA), Antony Blinken, no programa "State of the Union" da cadeia televisiva CNN.
Na semana passada, uma nova biografia do milionário com o título "Elon Musk", escrita por Walter Isaacson, revelou que o proprietário da Starlink pediu aos seus engenheiros que desligassem os satélites utilizados pela Ucrânia, com o objetivo de impedir um ataque de forças ucranianas contra a frota naval russa estacionada na costa da Crimeia.
Após a divulgação desta informação, Musk argumentou que a aceitação do pedido da Ucrânia e a manutenção da rede em atividade implicaria que a sua empresa SpaceX "seria explicitamente cúmplice de um grande ato de guerra e na escalada do conflito".
Blinken recusou pronunciar-se de forma direta sobre a situação, mas sublinhou que a Starlink "continua a ser e deveria ser algo com que [os ucranianos] possam contar para comunicar".
"Agora estão envolvidos numa contraofensiva decisiva e estamos a fazer o possível para maximizar o apoio que lhes fornecemos, juntamente com muitos outros países, para que obtenham êxito. A Starlink é uma parte importante do seu êxito, e como tenho referido, espero que continue a sê-lo", concluiu.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kyiv e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
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